DIA 14 DE JUNHO DE 2020
OS
SENTIMENTOS NA HISTÓRIA
OLÁ ALUNOS NOSSA AULA DE HISTÓRIA VAI
SER UM POUQUINHO DIFERENTE.
VAMOS
LER O TEXTO A OVELHINHA QUE VEIO PARA O
JANTAR, E LER O RESUMO DO FILME DIVERTIDAMENTE
QUE ESTÁ DISPONÍVEL NA PARTE DA APOSTILA DE GEOGRAFIA E RESPONDER AS ATIVIDADES
ABAIXO.
DEIXO
AQUI PRA VOCÊS O LINK DO TRAILERS DO FILME (https://youtu.be/_3d_shXj6Pg), QUEM PUDER ASSISTIR VALE A PENA.
É uma breve história
em que se trabalham sentimentos como a compaixão e, especialmente, a empatia. A
história conta como um lobo faminto acaba se afeiçoando pela
ovelhinha que deveria ser o seu jantar favorito.
Esta história
desperta sentimentos que fazem todos repensarem seu lado compassivo e solidário
para com os outros. Ensina a tomar decisões de como agir diante de
circunstâncias que testam o caráter e a sua natureza, exercendo autocontrole.
A ovelhinha que veio para o jantar
Joelle Dreidemy
Steve Smallman
― Oh não! OUTRA VEZ sopa de legumes! ― queixou-se o
lobo, que já era velhinho.
― Quem me dera ter uma ovelhinha aqui a mesa. Fazia
já um belo ensopado de borrego!
Eis senão quando…
TRUZ!
TRUZ!
Quem batia a porta era uma linda ovelhinha!
― Posso entrar? ― perguntou ela.
― Claro, minha querida! A casa e tua! Vieste mesmo
a hora do jantar ― disse o lobo que, para além de ser velhinho, também era
muito matreiro…
A ovelhinha estava cheia de frio.
― BRRRR! BRRRR! ― fazia ela a tremer.
― Mas que azar o meu! ― sussurrou o lobo. ― Logo me
calhou uma ovelhinha congelada! Não gosto de comida assim!
Então, o lobo lembrou-se de pôr a ovelhinha ao pé
da lareira para ela se aquecer e, …todo apressado, foi procurar a sua receita
preferida de ensopado de borrego.
Unham unham! ... Já lhe crescia água na boca só de
pensar no seu delicioso repasto.
Mas não era só o lobo que estava com fome. A
barriga da ovelhinha também já estava a dar horas…
― Mas que azar o meu! ― pensou o lobo. ― Não posso
comer uma ovelhinha toda esfomeada! Até me podia fazer mal ao estômago!
Então o lobo ofereceu à ovelhinha uma cenoura.
― Assim, já tenho borrego recheado!
A ovelhinha devorou a cenoura tão depressa que
ficou com soluços.
HIC,HIC, HIC! ― fazia ela sem parar.
― Ai, ai! Que azar o meu! ― lamentou-se o lobo. ―
Quem é que come uma ovelhinha cheia de soluços? Até pode ser contagioso!
O problema é que o lobo não percebia nada de
soluços.
Como é que se acabava com eles?
― E se eu atirasse a ovelhinha ao ar?
HIC!
Mas não resultou.
― E se eu a virasse ao contrário?
HIC!
Mas não resultou.
― E se eu a abanasse de um lado para o outro?
Mas também não resultou.
Então o lobo pegou na ovelha ao colo e começou a
dar-lhe palmadinhas nas costas com a sua pata enorme coberta de pêlos!
Os soluços da ovelhinha não tardaram a passar e ela
adormeceu num instante, enroscada no pescoço do lobo.
O lobo, que já era velhinho, ficou muito embaraçado
porque nunca tinha sido abraçado pelo seu futuro jantar. E como seria de
esperar, a fome, afinal, já nem era tanta…
A ovelhinha ressonava baixinho encostada às orelhas
do lobo.
― RRRROOONCHHH! RRRROOONCHHH! ― fazia ela.
― Que azar o meu! ― queixou-se o lobo. ― Como é que
vou comer uma ovelha que está a ressonar?
O lobo sentou-se na cadeira de balouço ao pé da
lareira, com a ovelhinha nos braços.
― Já nem me lembro da última vez que alguém me fez
uns mimos! ― reconheceu o lobo.
Mas assim que o lobo começou a cheirar a ovelhinha,
ficou deliciado com o seu perfume!
― OHHH! ― suspirou o lobo. ― Se eu a comesse
depressa ela nem sequer dava por isso.
E quando o lobo se preparava para engolir a
ovelhinha…
…ela acordou e deu-lhe um grande beijinho! CHUAC!
― NÃÃOOO! ― gritou ele. ― Isso não vale! Eu sou um
lobo mau e tu és um ensopado!
― Um enlatado? ― perguntou a ovelhinha a sorrir.
E confessou: ― Eu sei lá o que é isso!
― Que é que eu faço à minha vida?! ― exclamou o
lobo. ― Bom, vais mesmo ter de te ir embora!
Muito decidido, o lobo pôs a ovelhinha na rua, mas
primeiro deu-lhe um agasalho.
― SOME-TE DAQUI!!! ― gritou. ― Se ficares, como-te
e depois já não te podes arrepender.
E com um grande estrondo fechou a porta. BANG!
Lá fora, a noite era escura e fria. E a ovelhinha
não parava de bater a porta.
― Oh, Loobo! Looobo? ― suplicava ela. ― Deixa-me
entrar!
Mas o lobo, que já era velhinho, tapou as orelhas
com as patas e pôs-se a cantar “LA, LA, LA, LA, LA, LA, LA!” até a ovelhinha se
calar.
Finalmente, tudo estava em silêncio.
― Ainda bem que ela já se foi embora! ― suspirou o
lobo aliviado. ― Aqui ela não estava em segurança. Um lobo velho e esfomeado
como eu e sempre capaz do pior!
Mas pouco depois, o lobo começou a pensar na
ovelhinha, sozinha e desamparada na escuridão da floresta.
― Talvez morra de frio….
― Talvez ela se perca…
― Talvez caia nas garras de um bicho…
― OH, NÃO! O QUE É QUE EU FUI FAZER? ― perguntou
ele arrependido.
Sem querer perder tempo, o lobo pôs-se de pé e
abriu a porta. Mas infelizmente não havia sinal da ovelhinha.
O lobo, que já era velhinho, correu aos berros pela
floresta fora:
― Ovelhinha, ovelhinha, volta, não tenhas medo!
Prometo que não te como!
Passado muito, muito tempo, o velho lobo, triste e
encharcado, regressou sozinho a sua quinta. Estava mesmo desanimado.
Abriu a porta e, qual não foi o seu espanto, quando
viu a ovelhinha ao pé da lareira!
― VOLTASTE! És mesmo tu? Não tens outro sítio para
onde ir? ― perguntou o lobo muito eufórico.
E a ovelhinha abanou a cabeça, dizendo que não.
― Que… que… queres ficar aqui co… comigo? ―
convidou o lobo a gaguejar.
A ovelhinha olhou para ele, olhos nos olhos.
― E tu prometes que não me comes? ― quis saber ela.
― NÃO! CLARO QUE NÃO! ― afirmou ele. Como e que eu
podia comer uma ovelhinha que precisa de mim? Até podia ficar com o coração
partido…
A ovelhinha sorriu e atirou-se para os braços do
lobo, que já era velhinho.
― Estás com fome, enlatado? ― perguntou ele.
― Que tal uma sopinha de legumes?
Vitória, vitória, acabou-se a história!
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